ASPECTOS HISTÓRICOS
Atenção:
Os dados históricos desta página foram coletados no ano de 2003.
1.1-Povoamento do Distrito do Cantinho
O povoamento do Distrito do Cantinho teve inicio no ano de 1975, com a construção da capela e com um agrupamento de barracas de venda, que eram feitas de varas e cobertos de galhos de canafístula, palha de coqueiro e folha de gravatá, as quais serviam para os vendedores revender suas mercadorias.
Os barracos foram feitos na época que surgiram as primeiras feiras e ficavam situados no pátio logo abaixo da igreja, onde hoje está o prédio do novo mercado. E dentro deles os feirantes colocavam suas mercadorias em amostra e faziam a comercialização das mesmas. Sendo que a primeira feira foi realizada no dia 9 de Maio de 1976.
A feira do Cantinho acontecia aos domingos mais tarde passou para o dia de sexta-feira, posteriormente voltou para o domingo até os dias atuais.
Um caso interessante, a geladeira pioneira que os primeiros vendedores de bebidas usavam era um pote com água ou uma lata com areia molhada. E dentro desses utensílios colocavam a garrafa de bebida.
Os fundadores do pequeno povoado sempre procuraram melhorar e ampliar o espaço destinado à comercialização de mercadorias no centro do povoado. Para isso, foram criados dois mercados:
A primeira casa de feira que possuiu na rua do Cantinho foi feita em três etapas:
- Setembro de 1977 – levantaram as paredes, fizeram a cobertura e colocaram o piso de barro.
- Dezembro de 1978 – colocaram o piso de cimento. E lembrando que o cimento foi doado por Caio Coelho Damasceno – médico da cidade de Paulistana-PI na época.
- Abril a Maio de 1981 – fizeram o reboco e colocaram os portões (cancelas).
Durante a edificação dessa primeira casa de feira, muitas pessoas das comunidades vizinhas de corações totalmente generosos, espontaneamente faziam doações de materiais de construções: telhas, tijolos e madeiras, e também dias de serviços e produtos alimentícios em gerais. Foram muitas doações que não foi possível registrar neste livro.
O Sr. Mario Barbosa dos Santos e a família de Cirilo de Sousa Martins foram quem coordenaram todos os trabalhos da casa da feira, desde setembro de 1977 à Maio de 1981.
A referida casa se localizava no centro do povoado que até a digitação deste trabalho, ainda restava o piso sem quebrar. Porque derrubaram apenas as paredes e deixaram o piso, talvez para ficar de lembrança do velho mercado.
A mesma tinha aproximadamente 200 m² e no seu interior possuíam oito pilares de tijolos que davam a sustentação ao telhado. E o telhado era de forma copiar, isto é, ficavam bicas para todos os quatro lados.
O Sr. Mariano de Sousa Martins foi quem construiu a primeira casa própria na rua do Cantinho em 1977, a mesma ficava paralela com o velho mercado. Hoje, esta casa pertence ao Sr. Joaquim de Sousa Rodrigues (Joaquim de Olegário). A segunda foi à casa de José de Regino e a terceira foi à casa de Sergio de Sabiniano.
O segundo mercado foi construído em 1999, que atualmente encontra-se em funcionamento. O mesmo foi construído com recursos próprios da Prefeitura municipal de Queimada Nova-PI, na administração de Valdemar Dias Amorim.
Até o ano de 1992, o pequeno povoado pertenceu ao município de Paulistana-PI, apartir dessa data, passou-se a pertencer à cidade de Queimada Nova-PI, em virtude da emancipação política deste município.
Em 1995, a Câmara Municipal de Vereadores de Queimada Nova-PI oficializou a municipalização do território do povoado, território esse, que pertencia aos descendentes da família do Sr. Cirilo de Sousa Martins.
Fazendo uma comparação da figura nº 1 para a figura nº 2 paginas 27 e 28, você perceberá a diferença do número de casas já construídas na sede do povoado. Perceberá também a ampliação da igreja e do mercado da feira.
Infelizmente, até o corrente ano, o Povoado do Cantinho ainda não possui saneamento básico e nem energia elétrica, apenas possui a energia de gerador que funciona em horários limitados.
Lembro aqui de alguns nomes de vendedores que iniciaram a historia da Comunidade do Cantinho, embora, alguns já faleceram outros desistiram. Enquanto outros novos vão surgindo e dando continuidade o crescimento econômico de nossa região. Mas de qualquer forma eles se destacaram com suas barraquinhas (bancas) na venda de cereais, bebidas, lanches (café e bolo), iguaria (banca de comida), açougue, roupas, calçados, etc.
Os vendedores já falecidos foram eles: Zacarias de Caboclo, Aureliano de Sousa, Bonifácio da Vereda das Malhadas, Adão Cirilo de Sousa(Duzinho), Pedro Fernando Rodrigues (Pedrinho do Vale Verde), Justino (Tinor) e sua esposa Mariinha, D. Flor esposa de Mariano de Odília, Felizarda casada com Mariano de Sousa Martins, João de Marculino, Bilia do Sitio município de Acauã-PI, Filipe Rodrigues Coelho (Filú) e Miguel de Brasilino da região de Afrânio-PE.
Os desistentes: Januário Batista da Silva, Firmino Germano de Sousa,João Cirilo de Sousa, José Toninho, Francisco Silvino, Venâncio de Constancio, Zezé de Quelé, Eliseu Narciso da Silva, Martinho de Cícero, Ambrosio (Doutor), Raimundo filho de Maninho da Cachoeira, Raimundinha de Oséias de Retiro Afrânio-PE, Onésimo Benvindo de Sousa, Zezinho Vieira, Manoel de Hosana, Polidório Rodrigues Coelho, Raimundo C. de Albuquerque (Raimundo do Posto), Martiniano do Lajeirinho, Pedro Paulo, Elisio Luis de Sousa, Mario Benvindo de Sousa, Basílio de Júlio, Rubens Coelho Marques, Bertinho do Vale Verde, e Xixica de Elói.
Os atuais: Deusdedit de Sousa Brito, Gregório Coelho de Sousa, Fecundo de Maninho da Cachoeira, Brígida Mariana de Sousa, Dionísio Fernandes de Brito, Joãozinho de Heroína, Joaquim de Sousa Rodrigues, Benta Evangelista Neta, Marcelino Barbosa (Cecelo), Mariano casado com Espedita, Joaquim Benvindo de Sousa, Jeronimo Veira Martins, Mario Benvindo de Sousa, Reginaldo da Silva Pereira, Afonso Rodrigues de Sousa, Raimundo Julio Coelho e Martina Vieira Rodrigues.
As principais potencialidades existentes no Povoado do Cantinho, que visam o crescimento do espaço físico e do comércio local, são as seguintes: uma Capela(Igreja Católica), uma farmácia, duas míni-pensão, três mercearias, seis bares, duas lanchonetes, uma quitanda de frutas e verduras, um açougue, dois salões cabeleireiros, um salão de videogame, uma oficina mecânica de rádio, uma oficina mecânica de moto, uma míni-borracharia, dois pontos de venda de peças para bicicleta, duas associações, uma Delegacia do STR e alguns órgãos públicos tais como – Escola de 1ª à 8ª série, um Mercado da feira e um Posto de saúde.
No dia 03 de outubro de 1996, o Povoado do Cantinho foi privilegiado com a instalação de duas seções receptora de votos, as de número 80 e 84. todas as duas pertencem a 38ª zona da Comarca de Paulistana-PI. E as referidas urnas funcionam no recinto da U-E: Henrique B. de Sousa atendendo aproximadamente 688 eleitores.
É importante lembrar que nos quatro primeiros anos de povoação, o Cantinho não possuía nenhum morador efetivo, apenas algumas pessoas tinham o seu ponto de comércio e era aberto somente nos dias de feira ou festas. E nessa mesma oportunidade o povo se reunia para vender ou fazer suas compras. Mas hoje, encontramos 63 habitantes morando permanentemente na rua do povoado.
A primeira família que habitou no Povoado foi a do Sr. José de Regino casado com Maria Filha de Acilino que chegou para morar no ano de 1978 e ficou até 1980. A antiga casa de José de Regino hoje pertence ao Sr. Mario Barbosa.
A segunda família moradora do povoado foi a do Sr. Martinho casado com Geronima de Tomazio, chegou aproximadamente no ano de 1980, que morou até o meado do ano de 1983. A casa que os mesmo moravam já pertenceu o saudoso José Paixão e atualmente pertence ao Sr. Marcelino Barbosa dos Santos (Cecelo), somente uma parte e a outra pertence à vereadora Benta Evangelista Neta.
O terceiro morador foi o Sr. Deusdedit de Sousa Brito que chegou para morar por volta do ano de 1991 e se encontra morando até os dias atuais.
1.2-Origem do nome CANTINHO
Sobre a origem do nome do lugar Cantinho, primeiramente este lugar recebeu a denominação de “Malhada da Onça”, nome dado pelos antecedentes. Mais tarde foi chamado de Cantinho, porque ali naquele lugar antigamente era um canto desconhecido por alguns. Em uma certa oportunidade, quando um vaqueiro de nome não lembrado, campeava gado pelas mediações da baixa que hoje se encontra localizado o tanque de Eva. E nessa oportunidade o vaqueiro descobriu essa nova baixa, que ele chamou de “Baixa do Cantinho”, daí originou-se o nome CANTINHO.
1.3-Fundadores do Povoado do Cantinho
Os principais personagens fundadores, que se destacam desde o princípio do cenário de fundação do Distrito, se distingue os seguintes nomes: O Sr. Cirilo Martins de Sousa e sua esposa Maria Vieira de Carvalho juntamente com todos os seus filhos: João, Eva e Adão. O último já é falecido. Nesse mesmo cenário, houve a participação de algumas famílias que contribuíram na fundação da comunidade do Cantinho, tais como: José Adão de Sousa, Justiniano casado com Elisa, Regino Pereira da Silva, Mário Barbosa dos Santos, Mariano de Sousa Martins, Antônimo de Sousa Martins, Jubilino casado com Isabel, e muitas outras famílias que não foi possível registrar os nomes neste livro. 1.4-Costumes e Tradições da sociedade Cantinense
A festa é a principal diversão da população de nossa região. Quando se casam, a coisa mais importante é a festa, o jantar. É costume do dono da casa insistir muito com o hospede para que ele coma e ele não deve aceitar imediatamente sob pena de rirem dele. E nesta mesma festa é tradicionalmente acontecer o forró de pé-de-serra.
Alem das festas tradicionais, existem as festas de caráter religioso que são comemoradas pelos fiéis em dia especifico dedicado ao santo homenageado.
Nos festejos dos santos, as famílias se reúnem para participarem das novenas, missas, procissões, batizados e casamentos. E esses festejos acontecem tanto na igreja quanto nas casas das famílias.
As festas de São João e de São Pedro tornam o mês de junho mais alegre nas casas das famílias da região do Cantinho. Na noite do dia 23 de junho, as famílias com todos os seus membros reunidos armam suas fogueiras no terreiro, onde as moças e rapazes fazem simpatias pedindo ao Santo Antonio, para mostrar se irá casar ou não, até mesmo mostrar qual a pessoa ideal para o seu casamento.
Desde 1976, como de sempre foi tradicional, comemorar no mês de outubro de cada ano, a festa da Padroeira Nossa Senhora Aparecida. Tempo esse, em que as comunidades se reúnem com muita fé para rezar o novenário de Nossa Senhora Aparecida, no período de 07 a 16 de outubro.
Um outro costume comum entre as pessoas da nossa região é o uso do cardápio nas três principais refeições:
Café da manhã: cuscuz com leite ou com ovo fritado, ou então café com bolo.
Almoço: Feijão, arroz, macarrão e carne-de-sol. Na ausência da carne serve com o ovo fritado.
Jantar: Coalhada ou a sobra das comidas do almoço.
A final, pode-se afirmar que a sociedade cantinense continua se modificando todos os dias. Certos costumes vão desaparecendo e outros vão surgindo.